Entenda o que é a Esteatose Hepática e como ela afeta aos pacientes

Entenda o que é a Esteatose Hepática e como ela afeta aos pacientes

A doença hepática gordurosa não alcoólica é um termo abrangente para uma variedade de condições que afetam o fígado de pessoas que bebem pouco ou nenhum álcool. Como o nome indica, a principal característica da doença, também conhecida como esteatose hepática ou “fígado gorduroso” é muita gordura armazenada nas células do fígado de pessoas que não ingerem álcool ou o fazem de maneira esporádica. A biópsia de fígado é uma das melhores opções para identificar a doença.

A esteato-hepatite não alcoólica, uma forma potencialmente grave da doença. Sendo marcada pela inflamação do fígado, que pode evoluir para cicatrizes e danos irreversíveis. Este dano é semelhante ao dano causado pelo uso pesado de álcool. Na sua forma mais grave, a esteato-hepatite não alcoólica pode evoluir para cirrose e insuficiência hepática

A doença hepática gordurosa não alcoólica é cada vez mais comum em todo o mundo. Nos Estados Unidos, é a forma mais comum de doença hepática crônica, afetando cerca de 100 milhões de pessoas. A biópsia hepática continua sendo o padrão ouro atual para o diagnóstico e classificação do grau de inflamação presente na esteatose hepática não-alcoólica.

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O que é a Esteatose Hepática?

A doença hepática gordurosa não-alcoólica, também conhecida como esteatose hepática ou popularmente como “gordura no fígado”, é uma doença crônica definida como a presença anormal de gordura no fígado (> 5% da área transversal do fígado ocupada por vacúolos de gordura) na ausência de qualquer causa secundária que justifique o acúmulo de gordura no fígado, tais como o uso de álcool, medicamentos ou distúrbios hereditários.

Entenda o que é a Esteatose Hepática e como ela afeta aos pacientes
Entenda o que é a Esteatose Hepática e como ela afeta aos pacientes.

 

Nos Estados Unidos, estima-se que a DHGNA atinja aproximadamente 30% (100 milhões) da população. A prevalência é ainda maior entre os indivíduos obesos (70%) e diabéticos (90%). O comprometimento hepático relacionado à esteatose hepática não-alcoólica deve ser a causa dominante de cirrose hepática que requer transplante.

A doença hepática gordurosa não alcoólica compreende um espectro de doença que pode ser simplificado em duas categorias:

Esteatose simples

A esteatose simples se trata da maioria dos casos, em torno de 70% -75% e consiste no excesso de gordura no fígado sem inflamação ou lesão celular.

Esteatohepatite não alcoólica (EHNA)

Equivale a 25% a 30% dos casos. Dessa forma, é definida pela presença de excesso de gordura hepática com processo inflamatório e lesão hepatocelular.

É importante observar que as duas entidades não são completamente distintas. Ou seja, muitos pacientes acabam margeando por um espectro de acúmulo de gordura, inflamação e lesão das células do fígado. No entanto, essa simplificação facilita o prognóstico e a avaliação clínica. Na maioria dos casos, a esteatose hepática não é progressiva e não resulta em inflamação hepática ou cirrose.

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Como diagnosticar a Esteatose Hepática

Um dos primeiros exames que é solicitado e que comumente demonstra infiltração gordurosa do fígado é a ultrassonografia de abdome. É muito comum que o médico solicite uma ultrassonografia de abdome por outro motivo e que dentre os achados esteja descrito “aumento da ecogenicidade do fígado”.

O significado prático deste achado é que o fígado provavelmente esteja com excesso de gordura. Apesar de ser um achado sugestivo, o ultrassom faz uma avaliação subjetiva da esteatose. Portanto, não tem capacidade de quantificar o grau de infiltração de gordura. A tomografia computadorizada da mesma forma consegue detectar a infiltração gordurosa do fígado quando há redução importante da atenuação do órgão, mas também não tem acurácia em quantificar o grau de esteatose.

Além disso, outros exames como a elastografia por ultrassom ou por ressonância têm o objetivo de avaliar a rigidez do parênquima hepático e com isto avaliar a existência de fibrose. Apesar de contribuírem no diagnóstico e avaliar possíveis complicações como a fibrose, os exames de imagem ainda não têm capacidade de avaliar se existe um processo inflamatório associado à esteatose, o que chamamos de esteatohepatite assim como avaliar se existe algum a patologia sincrônica que possa estar causando as alterações evidenciadas.

 

 

 

 

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