A ultrassonografia de alta resolução é a modalidade de imagem mais sensível disponível para o exame da glândula tireoide e das anormalidades associadas. Afinal, a ultrassonografia não é invasiva, é um exame amplamente disponível, tem menor custo e não utiliza radiação ionizante.
Além disso, a visualização em tempo real do exame ajuda a orientar procedimentos intervencionistas diagnósticos e terapêuticos em casos de doença da tireoide. A principal limitação da ultrassonografia na imagem da tireoide é que ela não consegue determinar a função da tireoide, ou seja, se a glândula tireoide está com atividade insuficiente (hipotireoidismo), hiperativa (hipertireoidismo) ou normal. Nestes casos, os exames de sangue são necessários para avaliar o nível de funcionamento da glândula.
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Indicações da Ultrassonografia da Tireoide
Segundo a Associação Americana de Endocrinologia Clínica (AACE), a ultrassonografia da tireoide deve ser solicitada nos seguintes casos:
- Para confirmar a presença de um nódulo da tireoide quando o exame físico for duvidoso;
- Para caracterizar o(s) nódulo(s) da tireoide, realizando suas medidas e características à escala de cinza;
- Para diferenciar se um nódulo é benigno ou maligno, baseados na sua aparência à ultrassonografia
- Para diferenciar se um nódulo cervical trata-se de nódulo tireoidiano, linfonodos cervicais, cisto tireoglosso entre outros;
- Avaliar alterações difusas do parênquima tireoidiano;
- Avaliação pós-operatória em busca de recidiva tumoral ou comprometimento linfonodal;
- Como rastreamento em pacientes com alto risco para câncer da tireoide;
- Para guiar procedimentos de paaf de tireoide.
Técnicas do exame
Para um exame de ultrassonografia de tireoide o paciente deve ser examinado em decúbito dorsal com o pescoço hiperestendido. Sendo assim, usa-se um travesseiro ou coxim na região cervical para permitir uma melhor exposição da área. O médico deve utilizar um transdutor linear de alta frequência (7-15 MHz) para avaliar a tireoide. Uma vez que este tipo de sonda fornece penetração adequada e uma ótima resolução de imagem, permitindo a caracterização de nódulos tireoidianos inferiores a 1 centímetro.
Imagens em tempo real de lesões da tireoide podem ser visualizadas usando técnicas em escala de cinza (modo B) e Doppler colorido. As características do parênquima tireoidiano assim como de possíveis nódulos devem ser identificadas. A punção aspirativa por agulha fina de Tireoide deve ser sugerida ao médico de referência, se necessário.
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Para o que serve o Doppler Colorido da Tireoide?
O Doppler colorido é uma avaliação adicional que pode ser feita em qualquer aparelho de ultrassom nos dias de hoje. O Doppler usa o princípio do efeito Doppler. Essa teoria diz que a movimentação de um objeto em relação ao observador favorece uma mudança “relativa” na frequência da onda emitida. Ou seja, se o objeto ia ao encontro ou se afastava do observador. Dessa forma, os aparelhos de ultrassom conseguem avaliar as características de fluxo sanguíneo através de sua movimentação relativa em relação ao observador.
O Doppler na ultrassonografia da tireoide tem a função de avaliar o suprimento sanguíneo que chega até a glândula assim como a vascularização de lesões focais. Algumas doenças difusas da tireoide, como por exemplo a tireoidite de Hashimoto ou o hipertireoidismo apresentam padrões de fluxo sanguíneo que podem ser detectados ao Doppler colorido. Já na avaliações de nódulos da tireoide, o Doppler também tem o seu papel ao conseguir caracterizar o padrão de fluxo e classificar estas lesões baseado neste padrão.
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Preparo para o exame
A ultrassonografia da tireoide com doppler é um exame indolor, portanto não há necessidade de preparo como o jejum. É importante apenas que o paciente use roupas confortáveis no dia do exame e evite usar adornos na região do pescoço. Dessa forma, facilitará a execução do exame.
